É muito comum buscar por pnl e hipnose na internet e achar vídeos de pessoas explicando conceitos ou aplicando em outras pessoas, mas e elas mesmas como utilizam? afinal se hipnose e pnl é tão bom deveriam aplicar em si mesmas, certo? bom, hoje quero falar um pouco sobre como venho utilizando.
Interessante parar pra pensar nisso. Já faz um tempo que não estudo, pratico nem me envolvo nos grupos. Será que tudo que aprendi foi por água abaixo?
Metamodelo, Estado de não saber e literalidade
Algo que faço naturalmente é questionar meu diálogo interno.
Isso mesmo. Estou sempre atento ao que falo internamente e constantemente questiono essa voz interior a fim de saber se o que ela diz vai me ajudar ou não.
Ah, faço o mesmo com as pessoas (geralmente conhecidos meus).
Faço vários questionamentos a fim de que percebam o que falam.
Esses questionamentos consigo fazer, acredito eu, por conta de três fatores: Metamodelo, estado de não saber e literalidade.
Metamodelo me ajuda a questionar tudo o que é dito.
(tudo mesmo? tá, talvez ele falhe as vezes, ou será que eu não sou tão bom utilizando-o?)
(como especificamente ele me ajuda a questionar?)
(como eu sei que me ajuda?)
E apenas aprender metamodelo não seria suficiente.
De que adianta você aprender e no dia a dia esquecer de tudo ou mesmo ficar em dúvida de qual pergunta fazer?
Entra em cena o estado de não saber.
Realmente me ponho num estado de não saber, misturado com sentido literal das coisas:
– Cara, hoje o dia está louco!
– Como assim, que que ele tá aprontando?
faço isso de forma genuína. Em algum momento me toquei de que realmente não sei sobre o que o outro está falando. Só ele sabe o que está vendo, ouvindo na própria mente e sentindo em si mesmo.
Palavras são uma codificação para tudo isso e quando chegam a mim vou criar minha interpretação ouvindo, vendo e sentindo do meu jeito e… a chance de ser exatamente igual a experiência do outro me parece ser remota, ainda mais se a pessoa utiliza palavras distantes da experiência dos sentidos.
Sentidos
Sentidos… isso nos leva a outro ponto que utilizo muito.
Sentidos são por onde captamos informação da realidade, sendo assim dou maior valor para eles (S2 sentidos).
Quando avalio algo penso na relação com os sentidos, exemplo:
"Amei essa comida.
como estão as cores dela? e o tamanho? (visão)
será que o peso tem relação, textura, consistência quando mordo? é quente, quanto? seca ou molhada e quanto? (cinestesia)
e esse cheiro, lembra o quê? (cinestesia/olfato)
É incrível o quanto aprendemos do mundo fazendo perguntas a nível profundo como é esse dos sentidos. Você se aproxima do entendimento de como se relaciona com a realidade.
Realidade
Realidade, que será isso hein? bom, não sei dizer mas uma coisa já experienciei bastante na vida e ficou mais perceptível, como diz o título de um famoso livro de hipnose: A realidade é plástica.
E sendo plástica me faz saber que posso alterar como as coisas são vistas.
Uma pessoa está prestes a chorar porque perdeu num jogo, ela pode perceber que a perda a fez aprender algo novo sobre si mesma e se sentir feliz pelo auto conhecimento, ou qualquer outra coisa.
Saber que a percepção da realidade pode ser alterada é, por si só, libertador. Saber hipnose e pnl o suficiente para colocar essas mudanças em práticas é a realização da liberdade rsrsrs. E com essa possibilidade de alteração de realidade resta saber para que direção vamos guiar essa percepção, seja do outro ou nossa. Precisamos saber que resultado queremos alcançar, quais são nossos objetivos.
Objetivos/Resultados
Humm, chegamos no último ponto que vou falar hoje: Resultados.
Logo me vem a mente os cursos/vídeos/livros de pnl ensinando formas de construir objetivos para alcançar resultados: SMART é a técnica principal que me vem.
De verdade aplico SMART mas não do jeito mecânico que é ensinado.
O que faço é criar uma história de como o futuro será. Nessa história me vejo como desejo estar, no dia a dia, o que está acontecendo, viajo mesmo, como num sonho.
Uma vez que gostei do que vi, crio um Projeto a fim de ter como resultado a história que sonhei.
Projeto tem data de início e fim. Tem recursos necessários para ser realizado, escopo fechado bem definido. Dessa forma não perco tempo com supérfluos.
Pra mim não faz sentido querer "aprender a tocar violão". O que faria é sonhar o que realmente desejo: Tocar "Noite feliz" no natal desse ano e imagino toda a família reunida cantando enquanto estou sentado como o violão no colo sorrindo olhando a todos enquanto toco com firmeza cada acorde para que ao final da música todos aplaudam felizes.
Daí inicio o projeto para aprender essa música em específico e no caminho vou estar "aprendendo violão".
Aprendizado contínuo
parafraseando Einstein (a internet diz que foi ele quem disse): "biiicho, quando tua cabeça se abre para algo novo, num volta ao estado anterior nem a pau"
E é bem por aí mesmo, ao menos quando se entende verdadeiramente PNL e Hipnose. Uma vez que você já entendeu e incorporou esses conhecimentos, sua utilização acontece mesmo sem que você perceba. Talvez eu esteja utilizando a tal da "linguagem hipnótica" agora mesmo e venha a perceber no mesmo momento em que você percebe sua voz interior lendo esse texto e toma consciência da altura com que lê internamente, o ritmo, o tom da voz (é a sua, a minha ou criou uma que acha que seria a minha?) enfim, não sei, só sei que sou grato a todo esse conhecimento, todas as pessoas que me ajudaram a aprendê-lo e fizeram parte das experiências que tive.
Sigo utilizando o que aprendi e mesmo longe de tudo e todos, de algum modo, continuo sim aprendendo.